MBCB | Mobilidade de Baixo Carbono para o Brasil

Orlando Merluzzi refuta a ideia de que a produção de biocombustíveis no Brasil prejudique a oferta de alimentos no país

A emergência climática está constatando a sustentabilidade dos biocombustíveis. Alguns ainda dependem de incentivos para competir com os fósseis. O etanol, ao que tudo indica, já chegou lá. A Brasil Energia ouviu como se mobiliza o setor de etanol frente aos novos tempos.

A produção de biocombustíveis no Brasil não compromete a oferta de alimentos—pelo contrário, fortalece a segurança alimentar e energética do país. Com uma matriz energética limpa e diversificada, o Brasil tem potencial para expandir a produção de biocombustíveis sem pressionar a agricultura. Hoje, menos de 1% do território nacional é destinado ao etanol, e há um vasto espaço disponível para crescimento sustentável. Além disso, tecnologias como biodiesel, biogás, HVO e SAF utilizam matérias-primas renováveis e resíduos agroindustriais, reforçando a eficiência do setor sem competir com a produção de alimentos. Com políticas públicas voltadas à descarbonização, o Brasil segue avançando para consolidar um modelo de desenvolvimento sustentável que alie inovação, segurança alimentar e redução de emissões.

Diretor de Veículos Comerciais do Sindipeças | Abipeças e Coordenador-Geral do Conselho de Administração do MBCBrasil, destacou a prontidão do setor de autopeças para os desafios da eletrificação e hibridização no Brasil. Luzzi enfatizou que, embora a eletrificação seja uma solução importante para a mobilidade urbana, o país deve considerar múltiplas tecnologias que aproveitem suas vantagens comparativas e realidades socioeconômicas. Essa visão está alinhada com os princípios do MBCBrasil, que promove a descarbonização do transporte respeitando a neutralidade tecnológica e estimulando a neoindustrialização.